terça-feira, 1 de novembro de 2011

Empresas investem em treinamentos para candidatos sem experiência.

Só a indústria deve precisar contratar três milhões de pessoas nos próximos três anos. Para preencher essa vagas será preciso treinar trabalhadores.



Nos próximos três anos só a indústria deve precisar contratar três milhões de pessoas. Para preencher todas as vagas será preciso treinar muitos trabalhadores, já que tem muita gente no mercado com disposição para trabalhar, mas sem experiência.
Por isso, as empresas oferecem várias oportunidades de treinamento para esses trabalhadores, mas para conseguir o lugar, o candidato precisa ter alguma qualificação e habilidades.

Foram as vagas que não exigem experiência que levaram muita gente a um centro do trabalhador em São Paulo. Há vagas para auxiliar de limpeza, carga e descarga, estoquista, coveiro, motorista, vendedor e recepcionista. Pode parecer fácil, já que não exige experiência, mas é preciso se encaixar na função. “Para uma pessoa se candidatar à uma vaga, sem experiênca, ela tem que ver o dia a dia, ver se gosta daquele trabalho e se vai estar apta para exercer aquela função”, explica Ana Paula Ferreira, supervisora do atendimento.
Na área da faxina, por exemplo, não basta saber limpar. É preciso ter pelo menos o ensino fundamental e entender o que diz o rótulo dos produtos. Quem quer trabalhar com carga e descarga ou no estoque precisa concluir o ensino fundamental e ter um bom preparo físico.
Para atendimento ao público, as empresas exigem no mínimo o ensino médio. “É preciso falar bem, se posicionar bem. Dependendo da área vai precisar ter uma maior escolaridade e capacitação. Você não pode encaminhar uma pessoa que é tímida ou que tenho dificuldade em falar em público".

Quem busca essas vagas, precisa se preparar para um treinamento que é dureza, porque as empresas preferem imprimir um ritmo mais acelerado nas primeiras semanas e costumam apertar para que o trabalhador se acostume com o dia a dia. Desistir não é bom para o currículo.
O ideal é aproveitar esse período para aprender uma nova função ou então trocar de área. Foi o que fez Juliana Mequirez da Silva, que era operadora de telemarketing e há um ano estuda técnicas de massagem. Ela não tinha prática quando conheceu o novo emprego: um spa disposto a treiná-la. “Não é só massagem. A gente tem que saber recepcionar, deixar a pessoa à vontade. Com o treinamento a gente já passa mais confiança ao cliente”, conta Juliana.
Uma mineradora no Espírito Santo tem cursos de capacitação para engenheiros e técnicos. Mesmo depois de contratados, eles têm aulas teóricas e treinamento prático. Mais de oito mil profissionais já passaram por esses treinamentos, que podem durar um ano e meio. Investir na formação do profissional que está chegando é uma necessidade cada vez maior nas empresas. "As empresas, de modo geral, investem muito mais em treinamento porque a sociedade está voltada para formações mais básicas", explica Sandra Linot, gerente de recursos humanos.
Fonte: Jornal Hoje Edição do dia 19/09/2011

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