quinta-feira, 17 de novembro de 2011

“Segunda língua não é uma vantagem. Terceira e quarta são”, disse Reitor Alemão em conferência de internacionalização da Unesp.

     Raplh Stengler, reitor da Universidade de Darmstadt, na Alemanha, veio ao Fórum de Internacionalização da Unesp para falar sobre a experiência de internacionalização alemã. Com problema similar ao enfrentado pelas universidades brasileiras, o idioma alemão é um complicador no recrutamento de estudantes estrangeiros. Para facilitar o processo de internacionalização, Stengler define como essencial oferecer cursos em inglês.
    Segundo o reitor alemão, a geografia da Europa, com países pequenos e bastante próximos, é um fator que exige a diversificação cultural não apenas da universidade, como também dos alunos “Aprender um segundo idioma é o primeiro passo para o aluno. Mas na Europa, a segunda língua não é uma vantagem. A terceira e a quarta são”.
      A Universidade de Darmstadt fica a 35 quilômetros de distância da cidade de Frankfurt e tem cerca de 12 mil alunos divididos em 47 programas de estudo; desses, cerca de 2 mil são intercambistas. Entre os cursos oferecidos na área de ciências aplicadas, estão engenharia, arquitetura e ciências sociais. O reitor é quem assume as relações exteriores da instituição.
    Uma das metas de Darmstadt é estimular os professores e as faculdades. “Temos a intenção de oferecer ao menos uma atividade internacional dentro de cada faculdade ou departamento”, diz Stengler. Queremos garantir que nossos professores conheçam diferentes culturas e que também se preparem para oferecer cursos aos diferentes alunos.”
    Aproveitando o número de intercambistas no câmpus da instituição alemã, foi criado o programa Internacionalização em Casa. “Se temos alunos estrangeiros aqui, porque não usarmos essa cultura estrangeira para acrescentar aos alunos de dentro?”, questiona Stengler.
    Outro desafio que o reitor aponta é as universidades entenderem que os alunos devem escolher como estudar. “Nesse cenário, ensino a distancia é um dos nossos maiores desafios para o futuro”.

Auditoria

    Stengler explicou aos presentes o processo de auditoria das Universidades Alemãs realizado pela Conferência dos Reitores Alemães, que serve como suporte para ajudar as universidades na busca pela internacionalização. A ação, que teve início no ano de 2010, envolve sete universidades e consiste em avaliar e dar dicas de internacionalização em uma abordagem ampla.
    O mecanismo é desenvolvido em um ciclo de aproximadamente um ano, que começa com a auto-avaliação da própria instituição. O material é então encaminhado para os auditores, que avaliam, dão idéias e orientações, com base na realidade apresentada e também com suas experiências de outras universidades. A partir disso, ajudam a instituição a traçar objetivos e metas, entre elas a melhoria dos sites, com página em vários idiomas, e investimentos na comunicação interna, mostrando aos alunos e professores os cursos e palestras em inglês.
    “Agora, estamos aperfeiçoando nossa mobilidade internacional e avaliando alguns contratos de intercâmbio. Com a auditoria, percebemos que apenas vinte são eficientes, entre eles, o da Unesp”, informa Stengler. “Não queremos definir internacionalização no papel, e sim fazer.”

Fonte: http://www.unesp.br/noticia.php?artigo=7741

Nenhum comentário:

Postar um comentário